Não ignore os stakeholders na gestão da sua marca pessoal!

Quando falamos na gestão de uma marca, seja ela pessoal ou não, é essencial definirmos as variáveis que lhe permitirão ser alavancada de forma eficiente, criando-se, a médio e longo prazo, um acrescento de valor, vulgo brand equity, que influenciará a tomada de decisão do público consumidor de produtos e serviços relacionados com a área de atuação da marca.

Para que a marca seja dotada de um brand equity relevante é fundamental que, no processo da sua gestão, se consiga criar uma relação harmoniosa com todos os stakeholders, isto é, com todas as partes interessadas no sucesso e ascensão da marca.

O desporto sempre foi, e será, um campo de enorme audiência e atenção mediática, pelo que gerir uma marca neste meio comporta desafios mais exigentes mas, porventura também, mais aliciantes. Ser um atleta de top, nas diversas variáveis que isto encerra, significa, ou deve significar, um olhar e reflexão pormenorizado, baseado em objetivos bem definidos, sobre quem são os nossos stakeholders, sejam eles potenciais patrocinadores, a comunicação social, atletas, treinadores e dirigentes da modalidade, o próprio público, entre outros. É na gestão inteligente e harmoniosa destes diversos públicos, ou stakeholders, que o atleta irá encontrar o sucesso, desportivo e comercial, na sua plenitude.

Vem esta reflexão a propósito das recentes declarações polémicas de Pacquiao (na imagem) sobre os homossexuais comparando-os a “animais”. A Nike, marca de equipamento desportivo que o patrocina, rapidamente reagiu retirando o patrocínio ao atleta. Outras situações semelhantes, mais ou menos mediáticas, tem acontecido nos últimos anos com vários atletas, como Tiger Woods, Lance Armstrong e Oscar Pistorius, só para citar alguns. O que acontece nestes casos é a verificação de um profundo desalinhamento e objetivos e valores entre o atleta, como marca pessoal, e as marcas patrocinadoras.

Estes casos ensinam-nos que é fundamental sabermos quem somos e quais os nossos fatores de diferenciação. Se não nos conhecermos e não tivermos objetivos bem definidos para o que queremos atingir como marca, mais tarde ou mais cedo haverá um desalinhamento na comunicação num dos diversos touchpoints que temos com os nossos stakeholders, que poderá afetar, de forma séria, o nosso posicionamento do mercado.

E você, como está a gerir a relação com os seus stakeholders?

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