Helton: sublime na baliza, imperfeito no digital.

Helton e Lima trocaram durante esta quinta-feira algumas palavras virtuais no Instagram, popular aplicação mobile de fotografias. A conversa virtual teve como pano de fundo o encontro entre Newscastle e Benfica, a contar para os quartos-de-final da Liga Europa. Ora, até aqui tudo bem, não fosse o guarda-redes brasileiro do Futebol Clube do Porto desmentir na sua página do Facebook a autoria das suas publicações naquela conversa tida no Instagram.

Na minha opinião, o principal problema que aqui se coloca relaciona-se com a quase total ausência digital de Helton, que de uma dia para o outro se vê obrigado a fazer uma declaração numa página do Facebook que serve quase só para fazer upload de fotografias do jogador ao serviço do Porto (em campo ou em visitas às lojas azuis). Pergunto: até que ponto vale a pena estar no digital utilizando a estratégia seguida por Helton, com muita pouca interacção com os adeptos? Qual é o valor que 12.000 fãs acrescentam à sua marca pessoal?  Será que vale a pena ter uma página na web que não está à altura dos feitos alcançados pelo atleta? Eu acho que não, e por isso gostaria de deixar alguns tópicos para reflexão àqueles que pretendem iniciar a sua presença online.

Assim, parece-me essencial focar o seguinte:

1 – Os atletas devem perceber a importância de ter um local central onde se podem recolher/consultar todas as informações das suas actividades, sejam elas de carácter desportivo ou não. Nesse sentido, parece-me ser coerente iniciarem a sua presença digital através de um site próprio, na medida em que se trata de uma plataforma que o atleta controla, isto é, não está sujeito às regras ou ciclos de vida de outras plataformas, como as redes sociais, que apesar da sua grande popularidade actual podem deixar de existir a médio prazo (falo de determinadas redes, obviamente, uma vez que se trata de uma realidade que veio para ficar) ;

2 – Seleccionar as redes sociais nas quais terá uma presença activa. Deve por isso procurar saber e entender quais as plataformas mais utilizadas na sua realidade desportiva. Por exemplo, apesar do twitter em Portugal não ter uma forte utilização por parte dos atletas e adeptos, nos Estados Unidos é o principal veículo de comunicação destes com os fãs;

3 – Se é para tentarem conectar-se com os fãs, então devem fazê-lo a sério, ou seja, providenciado conteúdos que gerem interacção com os seus seguidores, desde imagens dos bastidores a momentos mais pessoais da vida desportiva e até pessoal.

Sou um grande fã do guarda-redes brasileiro do Porto, e por isso gostaria de vê-lo igualar no online as suas façanhas offline.

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