O posicionamento dos árbitros nas redes sociais
+O Sport Lisboa e Benfica, através do seu site oficial (), criticou na passada sexta-feira o árbitro que apitou o encontro de Andebol entre as águias e os dragões, que terminou com a vitória destes últimos por 24-27. A crítica tem por base a atitude adotada por Rui Rodrigues no Facebook, onde é fã de páginas como “Anti-Benfica” ou “FCP Fans”.
A pergunta coloca-se: até onde vai a liberdade individual de cada um? Poderá esta liberdade ser condicionada em função do papel que a pessoa ocupa na sociedade?
Não me parece haver uma resposta 100% correta a estas perguntas, até porque cada vez mais assistimos à fusão da nossa vida offline e online. Quando assim é, uma dose de bom senso e coerência talvez sejam a melhor atitude a adotar. O digital não pode nem deve ser entendido como um espaço onde tudo é permitido, apesar da sua maior informalidade e facilidade na criação de relacionamentos. O nosso posicionamento perante o mercado deve ser igual nos dois meios, sob pena de se verificarem situações constrangedores que não beneficiam as partes envolvidas.
No desporto, pela sua forte componente emocional, ganha ainda maior importância o saber separar as águas. Por ser um produto semelhante a um serviço, ou seja, produzido e consumido simultaneamente, e onde muda sempre a forma como é produzido, é impossível controlarmos as variáveis que interferem no rendimento dos agentes ou produtores do serviço. Sendo o papel do árbitro o de um administrador da justiça, é fundamental que este saiba posicionar-se de forma coerente em todos os papéis que ocupa na sociedade. As dúvidas quanto à qualidade dos seus julgamentos diminuem e a sua performance será seguramente melhor, beneficiando o desporto-espetáculo.
Foto: Jornal A BOLA
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